Valther Maestro
A matriz de referência de Ciências da Natureza e suas tecnologias verificará se os estudantes durante o ensino médio desenvolveram algumas competências e habilidades no ensino da Biologia, da Física e da Química, conhecimentos esses que devem acima de tudo dialogar com o mundo real.
Diante desse aspecto o: compreender, identificar, associar, entender métodos e procedimentos, bem como a apropriação dos conhecimentos específicos dessas ciências, visa a elaboração de propostas de intervenções e a possibilidade de analisar situações problemas na busca de entender o mundo em que vivemos.
Analise as competências que serão cobradas dos candidatos no Enem:
1. Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
2. Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
3. Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
4. Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
5. Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
6. Apropriar-se de conhecimentos da química, física e da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas.
Os destaques que fizemos, no corpo do texto publicado pela comissão organizadora do ENEM, revelam que o candidato deve compreender que as ciências da natureza e suas tecnologias também é um dos caminhos para o entendimento dos avanços conquistados pelos seres humanos a partir de suas descobertas e interpretações dos fenômenos físicos e químicos, bem como a possibilidade de planejar intervenções científicas diante de desafios contidos na relação sociedade-natureza. Verifique a síntese dessas competências. Observe que reescrevemos as competências só com o que foi destacado.
Compreender as ciências naturais e as suas tecnologias como construções humanas, verificando seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social. Identificar e aplicar as tecnologias diferentes contextos. Associar intervenções de degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais. Compreender interações entre organismos e ambiente, relacionadas à saúde humana. Entender métodos e procedimentos aplicá-los em diferentes contextos. Apropriar-se química, física e da biologia para interpretar, avaliar, planejar intervenções em situações problema.
Assim, acredita-se que: no plano do ensino das ciências da natureza e de suas tecnologias o candidato terá condição de analisar os avanças da ciências, verificando como tal evolução foi possibilitada pelas descobertas que os seres humanos realizaram a partir de suas leituras, análises, interpretações e atuações nessa relação com os elementos da natureza. Assim, acredita-se que teremos um leitor do mundo em que vive e que consegue propor intervenções a partir do avanço da ciência.
As ciências da Natureza podem levar educadores e educandos em busca de novos caminhos e, metodologias inovadoras. Que venha ajudar a atual forma de transmitir conhecimentos, na procura da melhora educacional. E nessa jornada atrás de novas e mais eficaz maneiras de educar e propor intervenções no mundo que se vive.
Esse trabalho com as competências busca do estudante uma motivação e participação tanto na compreensão da teórica científica quanto dos experimentos práticos que se pode realizar para sistematização de fenômenos da natureza. Assim, o candidato deve ter vivenciado projetos e atividades práticas envolvendo ambiente e materiais específicos da biologia, da física e da química, onde a aplicação dos conceitos básicos fundamentais à compreensão fossem verificados, reformulados, sistematizados, garantindo assim o entendimento da especificidade dessas ciências.
Com isso, o que se pretende são as aulas práticas em momentos de descoberta e elaboração de propostas a partir dos resultados obtidos.
Com essa expectativa, é fundamental que, a concepção curricular deva propiciar rupturas e saltos epistemológicos contribuindo com a perspectiva interdisciplinar para as investigações sobre o cotidiano escolar num movimento de apreender o específico e os singulares do conhecimento com a totalidade e as contradições emergidas nas relações científico/culturais no contexto escolar que expressam a complexidade da vida (MORIN, 1987).
No que tange às áreas de Ciências da Natureza, e suas Tecnologias, almeja-se o desenvolvimento de competências e habilidades que permitam ao estudante o estabelecimento de conexões entre o conhecimento científico e o domínio de novas tecnologias dentro do ambiente social em que ele se encontra inserido. Nesse contexto, os educadores e educandos devem enfrentar o desafio de interpretar as dinâmicas sociais de nosso tempo e criar modelos pedagógicos adequados que correspondam a essa realidade. Certamente esses atores estão tentando responder ao desafio.
Para tanto é necessário:
• Estabelecer conteúdos específicos da Biologia, da Física e da Química numa perspectiva sócio-cultural e que dialoguem com as 30 habilidades de cada ciência;
• Criar ou ampliar o espaço de diálogo entre estudantes e professores, buscando levantar hipóteses e elaborar projetos de pesquisa;
• Conhecer e experimentar os diferentes métodos científicos usados na área das ciências da natureza, tais como: experimentação, trabalho de campo, herborização, preparação de lâminas, insetário, construção de experimentos, comprovação de dados, etc.
Notícias:
Estudo revela maiores problemas ambientais que afetaram MT
20 de agosto de 2009 - 08:40h
Autor: Só Notícias/Leandro J. Nascimento
Um estudo divulgado pela Confederação Brasileira dos Municípios com base em dados da pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios Brasileiros/MUNIC 2008 revelou quais foram os principais problemas ambientais que mais atingiram as cidades brasileiras nos anos de 2006 e 2007. O topo do ranking é ocupado pelas queimadas, verificadas em 54% dos municípios pesquisados. O desmatamento figurou na segunda posição ao ser notado em 53% do território. Já o assoreamento de corpos d’ água afetou 40,8%.
A relação apresenta também itens como a poluição e a escassez de água, quarto e quinto lugares com 41,7% e 40,8% respectivamente. Figuram na lista ainda contaminação do solo, poluição do ar, redução da quantidade/diversidade ou perda da qualidade de pescado, degradação de áreas legalmente protegidas, alterações de paisagens entre outros.
Em Mato Grosso, 76,60% dos gestores colocaram as queimadas como primeira colocada na lista das maiores preocupações. Do ranking nacional, este foi o sétimo maior percentual demonstrando a incidência de casos desta natureza entre os municípios. No Espírito Santo 82,1% das prefeituras relataram ter havido problemas com queimadas. Sergipe (76%) e o Mato Grosso do Sul (75,6%) apareceram em segundo e terceiro, consecutivamente.
Ao contrário da estatística nacional Mato Grosso não colocou o desmatamento como segundo maior problema ambiental. Mas sim o assoreamento (que ocorre quando há obstrução de um rio, canal ou açude pelo acúmulo de substâncias minerais ou orgânicas – areia ou argila – ou intervenções humanas, como a ocupação inadequada do solo, desmatamento, queimadas, e demais fatores). De acordo com a confederação, Mato Grosso foi o sétimo Estado que mais registrou assoreamento (63,1%). O Espírito Santo lidera as ocorrências no Brasil, com 82,1%.
No tocante a poluição do ar, 36,88% das cidades afirmaram ter enfrentado o problema em Mato Grosso. Gestores acusaram ainda problemas relacionados a redução da quantidade de diversidade ou perda da qualidade de pescado (31,91%), degradação de áreas protegidas (34,04%), e atividade pecuária prejudicada por problemas ambientais (17,73%).
Fonte: http://www.sonoticias.com.br
Artigo: Ciências da natureza
Escrito por Arno Alvarez Kern
Qua, 20 de Agosto de 2008 02:38
As evidências de atividades humanas nos longos períodos a serem estudados, principalmente no campo da pré-história, colocam em destaque a dialética que envolve a sociedade e a natureza. A reconstituição dos modos de subsistência dos primeiros grupos que se estabeleceram e se desenvolveram na região platina exigem dados paleoclimáticos. Aspectos como este levam os pesquisadores a procurar informações complementares possibilitadas pelas ciências da natureza, que incluem diversas contribuições específicas:
No campo da biologia, a botânica e a zoologia fornecem informações a partir da análise de fósseis e restos de plantas e pólen. A genética e a ecologia não apenas fornecem informações sobre a evolução e as interações entre os seres vivos.
A física e a química contribuem em testes de laboratórios, especialmente no estabelecimento de datações atômicas.
As geociências, ou ciências da terra, a geologia e a geografia física, fornecem informações sobre as eras geológicas, a formação do relevo da região e as bases para estudo da estratigrafia dos sítios arqueológicos.
As ciências da natureza, por sua vez, quando se preocupam com as mudanças ocorridas no tempo e no espaço, também recebem subsídios para seus estudos a partir de informações das pesquisas arqueológicas, que podem ajudar a comprovar ou questionar hipóteses.
Se por um lado atualmente é mais fácil elaborar mapas mais precisos, a partir dos dados geológicos, florísticos e faunísticos, por outro lado impõe-se a obrigatoriedade de uma formação consistente de novos pesquisadores capazes de fazer as necessárias correlações de dados. Preparo e diálogo interdisciplinar são requisitos fundamentais para o estudo das interações que envolvem a sociedade e a natureza.
Fonte: http://proprata.com/conhecimentos/ciencias-naturais
Última atualização em Sáb, 21 de Março de 2009 20:18
Nenhum comentário:
Postar um comentário