quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A importância da água

Valther Maestro



O uso dos rios e oceanos

Quando chove, a água vai para onde? Como se formam as nuvens? A água da chuva pode mudar as paisagens do planeta? Será que o homem faz parte do ciclo da água? Por quê?

Observe com atenção a foto abaixo




Essas fotografias revelam uma triste realidade, um dos elementos importantíssimos para a manutenção das formas de vida do planeta corre perigo. Os rios estão poluídos e, por isso, que em alguns lugares a falta de água já é uma realidade.

Você sabia que as pessoas são únicos seres vivos que conseguem contaminar as águas a ponto de torná-las impróprias para o seu próprio uso? Não é incrível? Como o homem pode abusar e até mesmo acabar com um dos elementos vitais à sua sobrevivência? Por isso, vamos conhecer um pouco sobre os rios.

Como se formam os rios?


























O Brasil é um país com grandes recursos hidrográficos. Existe uma relação direta entre os rios e o Relevo.

Os rios nascem em lugares mais altos e deslocam-se para os lugares mais baixos até encontrar um outro rio ou o mar/oceano.


Legenda: O conjunto de terras banhadas por um rio e seus afluentes formam uma bacia hidrográfica.

Observe o mapa e o croqui de uma bacia hidrigráfica. Veja que geralmente os rios nascem em lugares altos, como planaltos e zonas montanhosas, podem nascer também de lagos ou lagoas. Os rios nascem bem pequenos. São apenas um fiozinho, ou melhor um filete que escorre de uma fonte ou olho-d’água. À medida que avança, o filete aumenta de volume, com a água que recebe de diversas origens: das chuvas, de lagos, do derretimento de neve, etc.

Alguns fatores naturais influem na hidrografia. O relevo por exemplo, ajuda a modelar o curso dos rios. Descendo encosta abaixo, o pequeno rio junta-se a outros e forma um rio com um volume de água cada vez maior. No seu caminho, o jovem rio vai recebendo água de riachos, córregos e rios menores, que se tornam seus afluentes. Depois de percorrer um grande trecho, o rio pode se tornar importante e volumoso.

Que caminhos tomam a água que chega à superfície da Terra?

Verifique a partir da ilustração o caminho percorrido pela água da chuva. Quando ocorre uma precipitação, ou seja, o vapor de água passa para o estado líquido ou sólido, essa água percorre inúmeros caminhos, como por exemplo:

• Ela pode infiltrar-se na terra: ser absorvida pela raiz de uma planta e voltar à atmosfera, depois de passar por caminhos interessantes no interior de uma planta;

• Ela pode chegar a um reservatório subterrâneo e retornar à superfície através de uma fonte;

• Ela também pode cair em uma grande cidade, toda asfaltada e provocar enchentes;

• Essa chuva de água também pode ficar armazenada na superfície da Terra, formando grandes geleiras.

• Também pode cair também em um reservatório ou em um rio que é utilizada para abastecer uma cidade com água potável;

• Pode escorrer pela superfície: poderia ser levada a um riacho, um córrego ou um rio e daí, para o oceano ou o mar;

• Pode evaporar-se: poderia retornar à atmosfera e vagar para bem longe, levada pelo vento;

• Pode também cair em uma área de produção agrícola.

A atmosfera transporta água sem parar, isso acontece por causa do ciclo da água como já observamos. A atmosfera é formada por inúmeros gases e, normalmente por 5% de vapor de água. Também sabemos que a água é fundamental para os seres vivos e que sem a água doce, haveria um sério desequilíbrio na biosfera. Os grandes reservatórios de água doce são formados pelas águas dos rios, lagos, geleiras e pelas águas que se infiltram nos depósitos subterrâneos.

Os grandes rios do Brasil


As Principais Bacias:

Amazônica/ Tocantis

Platina / Paraná-Paraguai-Uruguai

São Francisco


0bserve, no mapa que o nosso país é cortado por grandes rios e assim podemos dividir esse território em três grandes bacias hidrográficas:
- A Amazônica,
- Platina e
- do São Francisco

e, em três bacias secundárias, ou seja, de menor tamanho
- do Nordeste,
- do leste e
- do Sudeste /Sul.

A Bacia Amazônica ocupa uma área enorme, correspondente a mais da metade do território brasileiro. O rio Amazonas percorre a planície Amazônica de oeste para leste. É o maior rio do mundo em extensão, com 7 075 Km, e em volume de água. Isso ocorre porque as chuvas são abundantes nessa região e porque o Amazonas recebe muitos afluentes, que vêm tanto do hemisfério norte quanto do hemisfério sul. Alguns desses afluentes, como o Negro, o Tapajós e o Madeira, estão classificados entre os rios mais extensos do mundo. A navegação aí enfrenta poucos obstáculos.

A Bacia Platina ocupa parte das regiões do Sul e do Sudeste do Brasil. É formado por três rios importantes – Paraná, Paraguai e Uruguai – e seus afluentes. A Bacia Platina não está toda no Brasil. Estende-se também por outros países: Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia.

O Paraná é o maior rio da bacia Platina. Ele corre num planalto. Para descer o planalto até a foz, o rio Paraná forma 27 quedas d’água. Essas quedas estão sendo aproveitadas para produzir energia elétrica. No rio Paraná, na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul, fica situado o conjunto hidrelétrico de Urubupungá, um dos maiores do mundo. A bacia do Paraná sozinha possui cerca de 50% do potencial hidráulico do Brasil.

Apesar de prejudicada pelos desníveis, a navegação é possível em determinados trechos, isso ocorre por causa da construção de eclusas

Eclusas funcionam como degraus ou elevadores para navios: há duas comportas separando os dois níveis do rio. Quando a embarcação precisa subir o rio ela entra pela comporta da eclusa à jusante e fica no reservatório (ou caldeira), que é, então, enchido com água elevando a embarcação para que possa atingir o nível mais alto, à montante. Quando a embarcação precisa descer o rio ela entra pela comporta da eclusa a montante e permanece no reservatório enquanto ele é esvaziado, descendo a embarcação até o nível mais baixo do rio. As comportas abrem-se para a entrada do navio. Observe que a água está ao mesmo nível do lado do navio. Após a entrada, a câmara da eclusa será esvaziada e o navio estará ao nível das águas da comporta ao fundo. Seu objetivo é, portanto, permitir a navegação. Um dos processos de enchimento do reservatório pode ser gravitacional, de modo que não é necessário o uso bombas d'água e motores

O rio Paraguai nasce nas chapadas de Mato Grosso e segue para o Sul, entrando em território paraguaio; daí a origem de seu nome. É um rio de planície, ótimo para a navegação, pois seu leito não apresenta obstáculos.

O rio Uruguai nasce na Serra Geral, servindo de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Dirige-se da costa para o interior e depois segue na direção sul, desaguando no rio da Prata. É um rio de planalto, algumas de suas quedas são aproveitadas para produzir energia elétrica. Esse rio atravessa uma região agropecuária muito rica. A navegação neste trecho é pouco explorada.

A bacia do São Francisco localiza-se inteiramente em território brasileiro. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, e segue para o Nordeste, passando pelos Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Por desempenhar um papel muito importante como via de penetração nessas áreas, é chamado de rio da unidade nacional.

É um rio de planalto e, por isso, apresenta grande riqueza hidrelétrica. Nele se localizam as importantes usinas de Três Marias, Sobradinho e Paulo Afonso.

Apesar de ser um rio de planalto, o São Francisco tem grandes trechos navegáveis. Esse rio atravessa um bom trecho de região semi-árida com pluviosidade pequena e irregular. Na época das secas, é um dos maiores rios do sertão que correm normalmente, quando a maioria desaparece. Por isso, ele é fundamental para a vida da região. Nas épocas de chuvas, ele fertiliza as áreas ribeirinhas, isto é, as terras que ficam ao longo de suas margens, permitindo o cultivo de grande variedade de produtos.

As bacias secundárias

Bacia do Nordeste. É formada por vários rios independentes uns dos outros e que correm do interior, ou seja, do sertão para o litoral. No Nordeste a chuva é irregular: existem áreas, como o litoral, onde chove bastante, enquanto no sertão chove pouco. Assim, nas áreas mais úmidas os rios são perenes, isto é, nunca secam, ao passo que nas áreas mais secas os rios temporários, isto é, ficam cheios apenas durante o período chuvoso. São rios muito importantes para essa região o Mearim e o Parnaíba.

Bacia do Leste. Situa-se entre a bacia do São Francisco e o oceano Atlântico. Ë formada por vários rios independentes que nascem no planalto Oriental e se encaminham para o mar. Os principais rios da bacia do Leste são: Jequitinhonha, doce e Paraíba do Sul.

Bacia do Sudeste e do Sul. Situada entre o planalto Meridional e o oceano Atlântico, essa bacia é formada por um conjunto de bacias hidrográficas independentes. Os rios mais importantes dessa bacia são: Ribeira do Iguape, Itajaí, Tubarão e Jacuí. Ao longo dos vales desses rios desenvolvem-se a agricultura e a pecuária.

O uso da água pela sociedade humana

Os seres humanos utilizam esse recurso aproveitando tanto a água dos rios quanto a água do mar. Atualmente, podemos observar que a água utilizada para o consumo humano, apresenta altos índices de contaminação e por isso deve ser tratada. As estações de tratamento de água são montadas para garantir o abastecimento potável aos seres humanos . No entanto, o uso da água depende da sua disponibilidade da região, do número de habitantes que vão se utilizar desse recurso, do tamanho dos centros urbanos e dos pólos industriais, da sua utilização na agricultura, entre outras coisas. A utilização da água do mar para abastecer as cidades não é viável economicamente devido ao seu alto custo de tratamento. Pois além de realizar o tratamento deve ser feito o processo de dessalinização, ou seja, a retirada do sal da água.

Não podemos esquecer que depois de utilizar á água ela volta para o seu ciclo, mas caso esteja contaminada prejudicará todo o ciclo. Por exemplo, a água consumida nas cidades, na maior parte das vezes, recebe um tratamento antes de chegar à nossas casas. No entanto, depois que a usamos para lavar roupa, cozinhar, tomar banho etc, ela volta pode voltar aos cursos dos rios ou ao mar, caso não seja tratada novamente.




Infelizmente, na maioria das cidades o retorno da água para os rios e para o mar ocorre sem tratamento, e é isso que esta errado. Atualmente, já foi desenvolvido tecnologia suficiente tanto para tratar a água que será consumida, como também para tratar o esgoto proveniente de nossas casas e os efluentes das indústrias.

A água é fundamental também para o desenvolvimento dos processos industriais, e com o crescente desenvolvimento industrial, a quantidade necessária de água para garantir o funcionamento das indústrias foi aumentando, com isso provocando problemas como a escassez e poluição de água, na medida em que, jogam dejetos e substâncias químicas nesses rios.

O Funcionamento da ETE

A água é utilizada de diversas maneiras no dia-a-dia, para tomar banho, lavar louça, na descarga do vaso sanitário. Depois de eliminada, ela passa a ser chamada de esgoto. A origem do esgoto poe ser, além de doméstica, pluvial (água das chuvas) e industrial (água utilizada nos processos industriais). Se não receber tratamento adequado, o esgoto pode causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmissão de doenças. Seja pelo contato direto ou através de ratos, baratas e moscas. Ele pode ainda poluir rios e fontes, afetando os recursos hídricos e a vida vegetal e animal. Para evitar esses problemas, as autoridades sanitárias instituíram padrões de qualidade de efluentes. Afinal, o planejamento de um sistema de esgoto tem dois objetivos fundamentais: a saúde pública e a preservação ambiental.
Através da rede coletora pública, o esgoto sai das residências e chega à estação de tratamento, denominada ETE. O sistema é longo, pois o esgoto é recolhido por ramais prediais e levado para bem longe, o que exige a realização de grades obras subterrâneas ao longo das ruas.
Uma vez instalada a rede coletora e implantado o sistema de tratamento , é a vez de os usuários fazerem a sua parte. É preciso que cada morador peça a ligação da sua residência à rede coletora para contribuir com a saúde pública e a recuperação ambiental.

http://www.corsan.com.br/sistemas/trat_esg.htm
As enchentes



As chuvas não estão aumentando, elas continuam regulares dentro de um padrão climático, mas existe um aumento das enchentes nas grandes cidades. A constante ocupação de áreas de várzeas é um fator que contribui para o aumento das enchentes. As águas dos rios, normalmente nas épocas de chuva ultrapassam os seus limites, ou seja, ocupam essas áreas que localizam-se próximo as margens e não deveriam ser ocupadas. Quando construímos casas, fábricas ou avenidas nessas áreas elas provavelmente sofrerão os efeitos das enchentes no período das cheias.

Além deste fato, a crescente impermeabilização do solo urbano, é mais um dos motivos que provocam um verdadeiro caos nos meses de alto índice pluviométrico.


Índice pluviométrico é uma medida em milímetros, resultado da somatória da quantidade da precipitação de água (chuva, neve, granizo) num determinado local durante um dado período de tempo.

O problema da água nos dias de hoje

O grande crescimento das cidades e a enorme concentração populacional criaram uma enorme demanda de água. Calcula-se, por exemplo, que a cidade de São Paulo consome aproximadamente 8 bilhões de litros de água por dia.
Simultaneamente a poluição industrial e doméstica destroem a qualidade das águas dos rios para consumo e para manutenção da vida aquática.
Um outro fator importante é que a capacidade de reservar água no subsolo diminuiu por causa da impermeabilização do solo, que faz com que a água não infiltre mais alimentando o lençol freático e chegue mais rápido à calha dos rios, provocando enchentes.
Todos os anos, principalmente nas estações chuvosas, a mídia mostra os danos e sofrimento de um número cada vez maior de pessoas, que sofrem com as enchentes e deslizamentos de morros e barrancos. Isso ocorre principalmente nas grandes cidades, principalmente nos estado do Rio de Janeiro, de Santa Catarina, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, da Bahia e de São Paulo.
São pessoas, industriais, comerciantes, prestadores de serviços que perdem tudo. Mas, no entanto, a população carente é a que mais sofre, pois perdem casa, móveis, instrumentos de trabalho, animais, parentes.
Essas são algumas razões que, somadas ao ciclo natural da água, podem levar à escassez desse recurso.
Fonte consultada e adaptada do Encarte especial da AGB – Informa 61 pg. 11

Consumo e escassez de água

A quantidade de água adequada para o consumo humano é mais ou menos constante. Mas o crescimento da população e o crescente desenvolvimento industrial contribuíram para agudizar os problemas de escassez de água, porque implicaram num aumento considerável do consumo.

O problema de abastecimento de água é um dos problemas mais sérios para o próximo milênio. Esse problema agrava-se na medida em que a população e as águas do planeta encontram-se distribuídas irregularmente.




A água está presente mesmo antes do ser humano nascer. É curioso como vive cerca de 42 semanas em meio aquoso! E continua a ser fundamental por toda a vida nas mais diversas funções e no funcionamento de vários órgãos vitais




Um outro fator que agrava o problema da água é que o consumo e desigual, e encontra-se vinculado as condições econômicas, sociais, a infra-estrutura de abastecimento e aos aspectos culturais.


A maneira como a humanidade vem desperdiçando ou poluindo a água poderá provocar uma séria crise no mundo. O consumo aumenta cada vez mais e os reservatórios naturais estão sendo cada vez mais degradados.


A agricultura irrigada, por exemplo, é responsável por cerca de 70% de água retirada dos recursos naturais, os projetos para geração de energia utilizam uma grande quantidade de água e ainda acabam provocando sérios problemas ambientais.

Atualmente a necessidade de tratar a água para o consumo é de extrema necessidade pois na grande maioria a água encontra-se poluída, uma vez que as pessoas e toda atividade industrial são os grandes responsáveis pela poluição dos rios, pois estes recebem praticamente todos os resíduos industriais e esgotos domésticos.

Portanto grande parte dos rios possuem uma enorme concentração de poluentes, impossibilitando o desenvolvimento de qualquer forma de vida, transformando-se num verdadeiro esgoto a céu aberto.

Algumas atitudes podem garantir a preservação e conservação da água como, por exemplo, controlar o consumo, evitar o desperdício e desenvolver alternativas de recuperar a capacidade de preservação dos rios.


A Escassez da Água

A Região Metropolitana de São Paulo, quarta maior concentração urbana do mundo, encontra-se na Bacia do Alto Tietê que tem uma disponibilidade hídrica de 200 m3/habitante/ano, o que representa 10% do valor considerado crítico pela Organização das Nações Unidas.
Compare na tabela de disponibilidade hídrica por região:



Texto: Falta de água pode ser motivo de guerra

A falta de água pode substituir o petróleo como pivô de eventuais guerras entre os países. A conclusão foi divulgada no debate” Água para cidades sedentes”.

Os especialistas prevêem uma crise da água, nos modelos da crise do petróleo dos anos 70. Entre as cidades que sofrerão estão São Paulo e Cidade do México.

Outras cidades que podem ter escassez de água: Cairo e Lagos, na África; Dacca (Bangladesh), Pequim, Shangai (China), Bombaim, Calcutá (Índia), Jacarta (Indonésia) e Karachi (Paquistão), na Ásia.
Nos Estados Unidos, a ameaça é Houston e Los Angeles. Na Europa, Varsóvia (Polônia), Cardiff (Inglaterra) e Tel Aviv (Israel).

Os problemas são graves nas megacidades – com mais de 10 milhões e habitantes. “Mais próximo do ano 2000, muitos países vão ter metade da água que tinha em 75”, disse Arcort Ramachandran, ex- diretor executivo de Habitat.

As causas da falta de água são: o crescimento da população, o desperdício e a contaminação . Hoje, a água potável; é aproveitada assim: 85% de destina à agricultura, 10% à indústria e só 5% ao uso direto.

Segundo dados da ONU, a metade da água potável, depois de ser tratada, é mal usada ou desperdiçada. A perda se produz por vazamentos nos canos, muito antigos, e por ligações ilegais.

Esse desperdício pode ser reduzido, como aconteceu em São Paulo, que durante os últimos dez anos conseguiu baixar para metade as tais perdas com melhoria na canalização.

Mas os especialistas advertiram que a contaminação poderia se converter na principal causa do agravamento da carência de água nas cidades, já que apenas 5% da água usada para a eliminação de resíduos domésticos e da indústria recebem tratamento.

Segundo Saul Arlosoroff, presidente da Comissão para Reforma Hidráulica de Israel, é necessário que os governos de países em desenvolvimento invistam entre US$ 800 milhões de dólares nos próximos dez anos.

Frank Hartuelt, representante do Programa da ONU para o Desenvolvimento, acredita que essa perspectiva é pouco realista, já que a ajuda dos países desenvolvidos, na maioria dos casos, chegaria a 10% desse valor.
Folha de São Paulo. Das agências internacionais. 06/06/1996. Pg. 3


Os Mares e Oceanos: lugares muito importantes.

Você sabia que a vida no planeta Terra surgiu nos mares e oceanos? E que nos mares e oceanos vivem as plantas que produzem a maior parte do oxigênio que nos respiramos. Além disso, nessas áreas encontramos inúmeras formas de vida que podem ser utilizadas para garantir a alimentação e a fabricação de vários remédios...

Ilustração: Mapa-mundi destacando os mares e oceanos
Legenda:
Oceano Pacífico 165.384.000 km2
Oceano Atlântico 82.217.000 Km2
Oceano Índico 73.481.000 Km2
Os oceanos são grandes massas de água líquida que envolvem os continentes. Mares também são massas de água liquida, mas de menos extensão e menor profundidade, ou seja, é a extensão e a profundidade de diferenciam os mares dos oceanos.

Podemos observar que o fundo do mar não é plano. No fundo dos mares e dos oceanos existem muitas formas diferenciadas, por exemplo, no oceano Índico existe uma grande cordilheira submersa, no oceano Atlântico temos a Dorsal Atlântica que também é uma cadeia montanhosa submersa. O ponto mais profundo dos oceanos fica próximo ao Japão, no oceano Pacífico, chama-se fossa das Marianas e apresenta 11.034 m de profundidade.

Desde dos tempos mais remotos a navegação marítima é muito importante. Nos dias de hoje ela é responsável por uma parte muito grande da circulação dos produtos industrializados, bem como das matérias-primas como por exemplo, o petróleo, o minério de ferro, a bauxita, alimentos etc. Esses navios que transportam esses produtos são de formas e tamanhos diferenciados, pois são preparados especialmente para transportas grandes quantidades desses produtos.

Além disso, existem navios pesqueiros, pois a pesca é uma das fontes de alimentação. Os países que fazem fronteira com os mares e oceanos possuem áreas de exclusividade, ou seja, nenhum navio de outro país pode pescar, explorar riquezas ou navegar sem uma autorização previa. No caso do Brasil, nossa área de exclusividade econômica é de 200 milhas, mas existem países que possuem uma menor parcela de área nos mares e oceanos, esse limite varia de 12 a 200 milhas. Além disso, existem áreas consideradas internacionais, que podem ser usadas por todos os países.
Hoje, os espaços marítimos brasileiros atingem aproximadamente 3,5 milhões de km².
O Brasil está pleiteando, junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), a extensão dos limites de sua Plataforma Continental, além das 200 milhas náuticas (370 km²), correspondente a uma área de 963 mil km².
Após serem aceitas as recomendações da CLPC pelo Brasil, os espaços marítimos brasileiros poderão atingir aproximadamente 4,5 milhões de km². Uma área maior do que a Amazônia verde.
Uma outra Amazônia em pleno mar, assim chamada, não por sua localização geográfica, mas pelos seus incomensuráveis recursos naturais e grandes dimensões.
Fonte:www.redeamazoniaazul.net.br/imagens/costa_brasileira
Apesar da sua importância, os seres humanos ainda não conseguiram estabelecer uma relação equilibrada apesar do futuro da humanidade estar nesses ecossistemas marinhos.

Algumas informações importantes sobre o ecossistema marinho:

• Cerca de 20% do suprimento de petróleo mundial vem do fundo do mar;
• Cerca de 6 milhões de toneladas de sal são extraídas do mar a cada ano;
• As ostras e os mexilhões são os moluscos mais importantes para a criação. Eles são cultivados de vários modos em enormes jangadas, em lagos artificias, em estacas, em cordas suspensas no mar em navios ostreiros;
• A coletas de algas se tornam uma importante fonte de alimento. Elas são ricas em vitaminas e sais minerais e crescem abundantemente em muitas áreas;
• Das 5.ooo milhões de toneladas de krill presentes no mar ao redor da Antártida, até 1oo milhões de toneladas poderão ser pescadas por ano. O Krill já vem sendo pescado , e depois congelado ou transformado em pasta
• Bilhões de toneladas de nódulos de manganês ricos em vários metais valiosas são encontrados no fundo dos oceanos
• Os recursos biológicos dos oceanos incluem os peixes “ao natural” e a criação de peixes (maricultura). A criação de peixes é um grande negócio em muitas partes do mundo. Os cientistas estão procurando novos e diferentes recursos alimentares que poderão ser explorados no futuro.
• Além disso tudo, existe a possibilidade de geração de energia elétrica através do movimento das marés.

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