terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pedagogia da Cinta


Vídeo de um telejornal apresentado por Luiz Carlos Prates e repassado por e-mail para vários educadores. O e-mail faz referência de forma positiva sobre a fala do jornalista. No entanto, o que podemos observar claramente é que esse jornalista diz uma série de absurdos.
Primeiro compara o professor a um juiz de futebol, profissões diferentes e atuações diferentes em lugares diferentes. O pior é acreditar que se um estudante “der um tapa na cara de um professor nada acontecerá ao estudante”.
Em outro momento, menciona o absurdo de uma criança levar o celular para a escola, demonstrando claramente que desconhece o papel da escola no contexto atual, que deve ser entre inúmeros outros procedimentos o de é ensinar as crianças e os jovens a vivenciarem o contexto do seu cotidiano, refletindo e discutindo o uso da tecnologia. Em nossa visão, a escola não é o lugar da proibição e sim onde os processos de aprendizagem se materializem. Quem dera que todas as crianças e jovens pudessem aprender a utilizar os recursos de um celular, inclusive a calculadora, já que existem adultos que infelizmente ainda não conseguem realizar contas de porcentagem em uma calculadora “normal”.
Possibilitar momentos de reflexão sobre o uso do celular também é papel da escola. Usar tal tecnologia para garantir novos procedimentos de aprendizado é um dos caminhos possíveis. No entanto, uma nova relação entre a família e a escola deve ocorrer, justamente para estabelecer novos combinados acerca de uma série de ações, inclusive o contato com os estudantes durante o período de aula.
Outro absurdo é acreditar no fato que criança não tem opinião. Tal fato revela um total desconhecimento do universo da criança e nas formas de construir o conhecimento. As crianças do mundo atual, assim como as crianças do passado, possuem opinião. No então, as crianças atualmente podem falar o que pensam e muitos possuem uma visão de mundo que muitas vezes podem surpreender muitos adultos, especialmente os mais vaidosos, prepotentes e presunçosos que acreditam que tudo sabem. No entanto, o pior é acreditar que a pedagogia da cinta é o melhor caminho para resolver possíveis distúrbios ou problemas na construção dos limites. “Zebrar a perna dos indisciplinados” não é o caminho a meu ver, na verdade esclarecer os limites a partir de uma relação dialógica, garantindo experimentações e vivencias é uma das possibilidades de mostrar aos estudantes o que é certo e o que é errado em um contexto social.
Em relação à pedofilia, acredito que é dispensável fazer comentários... o que falta para muitas pessoas é leitura... é necessário estudar para poder falar para o público uma série de coisas, justamente uma pessoa que muitas vezes é um formador de opinião...infelizmente essas coisas ainda acontecem em nossos meios de comunicação.

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